Revelações embaraçadoras

A biografia de Bernie Ecclestone se mostra cada vez mais reveladora. Acho que muitos se lembram que os duelos dentro e fora das pistas marcaram a temporada de 2007, principalmente para Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Na época, companheiros de equipe na McLaren, eles não escondiam que o entendimento não era o forte entre eles. No livro "No Angel - A vida secreta de Bernie Ecclestone" de Tom Bowers, conta que o espanhol teria pedido para Ron Dennis, chefe de equipe, que deixasse o carro do britânico com menos combustível para que não completasse o GP da Hungria. Naquela corrida, Alonso bloqueou Hamilton nos boxes e perdeu a pole position. Alonso teria também chantageado Dennis para ter a condição de piloto número 1.

Depois de muitos podres, cada um seguiu seu rumo. Alonso voltou para a Renault, onde ficou por duas temporadas até se transferir para a Ferrari. Hamilton permaneceu na McLaren.

Red Bull esconde o jogo

No momento, é bem complicado analisar o desempenho dos carros. A variação envolvida é grande, como quantidade de combustível no tanque, pneu utilizado entre outros.

Claro, sempre tem aquelas equipes que se aproveitam das possibilidades e buscam cravar a melhor volta para promover-se mais.

Mas segundo a revista italiana "Autosprint", diferentemente se seus adversários - como Fernando Alonso, da Ferrari - Sebastian Vettel, da RBR, liderou os dois dias de corrida mesmo com o carro com mais combustível do que os rivais. A vantagem de Vettel chegou a ser mais de um segundo sobre Alonso. A equipe azul ainda está bem longe de mostrar tudo o que podem fazer.

Vettel cita seus temores

Sebastian Vettel declarou sua declaração com rivais.  Atual campeão sabe que terá que suar muito para defender seu título em 2011. O piloto já havia apontado Fernando Alonso e Lewis Hamilton como dois dos melhores pilotos do grid, mas também pede atenção a outros dois que não tiveram um bom desempenho em 2010.

-Alonso, com certeza, e Hamilton também é um dos melhores pilotos. (Felipe) Massa não teve um bom ano, mas ninguém pode subestimá-lo. Não faz muito tempo que ele estava muito forte. A história do Schumacher é muito grande para tirá-lo da briga. Eu acho que nenhum deles se esqueceu de como se pilota – disse o alemão ao jornal "Bild".

Vettel também não se esqueceu da força de seu companheiro Mark Webber, que se manteve na disputa do título até o último GP de 2010.

-Se nosso carro for bom o suficiente, ele estará na briga de novo.

Vettel também afirmou que ele e Weber já se entenderam depois das rixas que tiveram em 2010. Mesmo assim, disse que não quer que os dois estão "na mesma sintonia".

Williams revela nova pintura

A Williams finalmente apresentou nesta quinta-feira as cores definitivas do FW33 para a temporada de 2011. A nova pintura se aproximou um pouco mais a do ano passado, incluindo a cor branca no modelo.

As novas cores relembram as do carro de Ayrton Senna, em 1994, que na época o time era patrocinado pela Rothmans. As cores do novo modelo foram transmitidas virtualmente.

Negativo para uns, positivo para outros

Christian Horner, da RBR, Lewis Hamilton, da McLaren e outros, já declararam o contentamento com o cancelamento do GP de Bahrein.

- Não estou tão decepcionado com o adiamento da abertura da temporada para a Austrália. Isto nos dá mais tempo. Precisamos trabalhar muito e não temos tanto tempo até a primeira corrida - diz Hamilton.

Agora a McLaren terá mais tempo para desenvolver o inovador MP4/26, que sofreu com problemas nos testes.

Horner declarou que a pista do Bahrein não beneficia, nem favorece as características do RB7.

- Com as longas retas, o Bahrein não teria sido nossa corrida de prestígio — destacou Horner.

Já Bernie Ecclestone, chefão da F-1, disse que fará o máximo para recolocar o GP do Bahrein no calendário deste ano. O chefão também disse que a FOM (Formula One Management), sua empresa, pagará pelos custos do evento cancelado, em torno de US$ 40 milhões (aproximadamente R$ 70 milhões).

- A taxa que normalmente é paga pelo evento não será paga. Não cobrarei deles por uma corrida que não será realizada. Não sei se eles estão cobertos por seguro pelo prejuízo nas vendas de ingressos, mas isto é uma questão de força maior. É similar a um terremoto, ninguém poderia prever isso há um mês. Se o evento for remarcado, eles pagarão a taxa normal.

Webber teme Ferrari

Não adiantou Fernando Alonso dizer que a Red Bull tem o carro mais potente. Mark Webber acredita que o F150th Italia será o favorito na primeira corrida do Mundial, no dia 25 de março na Australia.

- O carro está correndo muito. Sempre estão aí, nunca perdem tempo, são muito rápidos e a equipe está muito bem organizada", explicou.

No entanto, Webber afirma que, mesmo que a escuderia italiana tenha terminado o ano de 2010 muito forte, a Red Bull voltará a ser o principal adversário da Ferrari neste ano.

Analisando essa declaração, a Red Bull tem um carro realmente muito potente, é só apertal o pedal da direita que ela vai longe. A Ferrari também tem um carro muito bom tanto que na temporada passada a escuderia completou 2.194 voltas, 97,2% do total do campeonato. A Red Bull foi a segunda equipe mais consistente, 93,4%.

Circuito de Barcelona substituirá o de Sakhir

Após o cancelamento da abertura da temporada e da última sessão de testes coletivos no Bahrein, as equipes resolveram remarcar as atividades para o circuito de Barcelona, entre os dias 8 e 11 de março. O GP da Austrália, em Melbourne, mercado para o dia 27 de março, será a primeira corrida do ano. Ainda não é certo se a corrida em Sakhir terá uma nova data.

A imprensa inglesa especula que o GP do Bahrein pode ser transferido para o dia 20 de novembro, em uma dobradinha com o GP de Abu Dhabi. Com isso, o GP do Brasil, marcado para o dia 27 de novembro, pode ser transferido para o dia 4 de dezembro. Lembrando que são somente especulações, nada está certo ainda.

Testes em Barcelona - último dia

Novamente vemos uma disputa entre duas equipes: a Ferrari e a RBR. Durante a manhã dos testes em Barcelona, Mark Webber marcou o melhor tempo em 1m23s442, enquanto Felipe Massa ficou em quinto com 1m24s929. Já à tarde, Massa deu a volta por cima e fechou o dia sendo o mais rápido com 1m22s625, deu 121 voltas no total, pela manhã a Ferrari havia optado por simular situações de corrida.

Pastor Maldonado fechou o dia em sexto com a Williams. Sebastien Buemi, da STR, fechou como o terceiro mais rápido, com 1m23s550. O alemão Nick Heidfeld, da Renault-Lotus, foi o quarto com 1m23s657, à frente de Lewis Hamilton, da McLaren, com 1m24s003.

O alemão Michael Schumacher terminou como décimo dos testes, com 1m27s079. O heptacampeão ficou à frente apenas de Jarno Trulli, que sofreu escapou na curva 9 pela manhã e não voltou mais à pista.

Confira os tempos:

1.Felipe Massa ((BRA/Ferrari) 1m22s625 (121 voltas)

2. Mark Webber (AUS/RBR-Renault) 1m23s442 + 0s817 (69 voltas)

3. Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) 1m23s550s + 0s925 (90 voltas)

4. Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) 1m23s657 + 1s032 (95 voltas)

5. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) 1m24s003 + 1.378 (107 voltas)

6. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) 1m24s057 + 1.432 (121 voltas)

7. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) 1m24s177 + 1.552 (64 voltas)

8. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrar) 1m24s515 + 1.890 (74 voltas)

9. Jerome D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth) 1m26s501 + 3.876 (50 voltas)

10. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) 1m27s079 + 4.454 (114 voltas)

11. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault) 1m29s992 + 7.367 (18 voltas)

Testes em Barcelona- 3º dia

Na manhã dos testes coletivos a chuva atrapalhou a vida das equipes. À tarde ela não apareceu, com pista seca, Nico Rosberg terminou o domingo na primeira posição com 1m23s168, superado Vitaly Petrov por 0s295.

Felipe Massa chegou a liderar os testes, entretanto Felipe cometeu um erro na pista molhada e rodou duas horas antes do encerramento da sessão. Por sorte, ele não atingiu a barreira de pneus e sua Ferrari foi guinchada para os boxes. Com trechos mais longos à tarde, o piloto ficou apenas em nono, 3s340 atrás de Rosberg.

Lewis Hamilton foi melhor pela manhã, terminou o dia em terceiro com 1m23s858. O venezuelano Pastor Maldonado foi o quarto. O australiano Mark Webber não foi muito bem fechando a lista dos cinco primeiros colocados.

A chuva em Barcelona deixou os carros muito tempo parados, enquanto as equipes esperavam pela melhoria das condições.

Confira os tempos:

1 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m23s168

2 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m23s463

3 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m23s858

4 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m24s815

5 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m24s995

6 - Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault) - 1m25s454

7 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m25s557

8 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m25s720

9 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m26s155

10 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m26s508

11 - Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m26s598

12 - Giorgio Mondini (ITA/Hispania-Cosworth) - 1m28s178

13 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m28s329

14 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - 1m30s722

Testes em Barcelona- 2ºdia

Com o tempo marcado na última hora da sessão da manhã, Sebastian Vettel terminou na primeira posição. O atual campeão marcou 1m23s315, 24 milésimos mais rápido que o espanhol Jaime Alguersuari, da STR, o segundo mais rápido.

Rubens Barrichello terminou a sessão matinal em segundo, mas caiu para a quarta posição à tarde. Barrichello e a equipe inglesa optaram por testar o acerto de corrida no FW33, com trechos mais longos na pista, ele marcou seu melhor tempo em 1m24s008. No domingo, o venezuelano Pastor Maldonado assume o cockpit em Barcelona.

Fernando Alonso e sua Ferrari ficaram com a terceira posição. O espanhol teve problemas elétricos em sua F150th Italia logo no início da manhã e parou na curva 4. Após o guincho trazer o carro de volta aos boxes, os mecânicos conseguiram colocá-lo de volta à pista. Ele andou mais rápido à tarde, com o carro mais leve. Nick Heidfeld, da Renault-Lotus, completou os cinco primeiros.

Para a McLaren foi um dia complicado. Jenson Button andou pouco por causa de algumas falhas hidráulicas, quando a equipe tentava avaliar o desempenho aerodinâmico do MP4/26. A intenção do time inglês era descobrir o impacto da asa traseira móvel nas retas sem ele estar acionada, sem o ganho da velocidade. O piloto ficou em oitavo.

Confira os tempos:

1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m23s315 (104 voltas)

2 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m23s519 (97)

3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m23s978 (90)

4 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m24s008 (118)

5 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m24s242 (41)

6 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m24s243 (125)

7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m24s730 (131)

8 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m24s923 (54)

9 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m25s194 (80)

10 - Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault) - 1m26s421 (58)

11 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m26s884 (61)

12 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - 1m27s044 (70)

13 - Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m27s242 (66)

14 - Ricardo Teixeira (ANG/Team Lotus-Renault) - 1m31s584 (26)

Testes em Barcelona

Vimos novamente às mudanças nos tempos, agora nos testes em Barcelona, na Espanha. Pela manhã, o espanhol Fernando Alonso liderou muito bem com 1m25s485, apesar da forte chuva, que complicou o dia dos pilotos.

 O atual campeão Sebastian Vettel ficou com1m26s640, como o mundo é uma caixinha de surpresas e coincidências, Vettel supera o tempo do espanhol e termina com o tempo de 1m24s374.

Rubens Barrichello, da Williams, o único brasileiro na pista terminou em sétimo. No final da manhã, o brasileiro sofreu um problema em seu FW33 e parou na curva 7 do circuito, provocando a interrupção da sessão. Jaime Alguersuari, da STR, ficou em terceiro, seguido por Kamui Kobayashi, da Souber. Jenson Buttob, da McLaren, fechou a lista dos cinco primeiros.

Os testes em Barcelona serão realizados até segunda-feira. Será a ultima sessão na Europa antes da possível viagem para o Bahrein.

Confira os tempos:

1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m24s374 (37 voltas)

2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m25s485 (101)

3 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m25s638 (57)

4 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m25s641 (78)

5 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m26s365 (77)

6 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m26s575 (26)

7 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m26s912 (52)

8 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m27s512 (90)

9 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - 1m28s393 (116)

10 - Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault) - 1m30s065 (54)

11 - Jerome D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m30s950 (116)

12 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m35s174 (20)

13 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m44s324 (27)

Crise no Bahrein

Bernie Ecclestone, chefão da Fórmula 1, segue otimista quanto a realização do GP do Bahrein, abertura da temporada de 2011, apesar da instabilidade política que o país vice nos pultimos dias. Para quem não sabe, a capital Manama viveu violentos protestos e repressão da política aos manifestantes matou três pessoas e deixou 231 feridos na Praça da Pérola. Neste fim de semana, as atividades da GP2 Ásia foram canceladas porque os médicos da categoria foram chamados pelos hospitais para ajudar no atendimento.

- Nossas pessoas no Bahrein dizem: "está tranquilo, sem problemas". Estou mais esperançoso hoje. Espero que não precisemos fazer nada. Vamos esperar que as coisas esfriem - diz Ecclestone

Os promotores do GP do Bahrein garantem que a corrida será realizada em 13 de março. Os preparativos estão sendo feitos também para a última sessão de testes de pré-temporada, que será realizada no circuito de Sakhir, a partir de 3 de março. Ecclestone disse também, que não tomará uma decisão antes que a situação se esclareça. O dirigente disse que está sendo informado dos acontecimentos pela família real do Bahrein.

Bob Bell agora na Mercedes

O Irlandês Bob Bell estava na Renault, agora será o novo director técnico da Mercedes a partir do dia 1 de abril. Bob terá de supervisionar as operações na fábrica da equipe em Brackley, na Inglaterra.

-Estou ao mesmo tempo feliz e honrado em fazer parte da Mercedes como diretor técnico. Será um privilégio fazer parte de uma organização tão forte e determinada, e ser capaz de contribuir para a promoção do patrimônio invejável da Mercedes-Benz no automobilismo - disse Bell.

Engenheiro aerodinâmico, Bell começou a trabalhar na Fórmula 1 e 1982 na equipe McLaren, e em 1988 já era chefe do departamento de pesquisa e desenvolvimento, sendo responsável por Projetos Futuros dessa escuderia e, em 1997, foi contratado pela Benetton como engenheiro aerodinâmico, até 1999. Essa foi a melhor época da equipe, mas em 2001 aceitou a oferta para se integrar no projeto Renault F1 como diretor técnico adjunto e em 2009, após a destituição de Flavio Briatore, passou a ser diretor de equipe.

Alemão na equipe

A Renault-Lotus confirmou que o alemão Nick Heidfeld vai substituir Robert Kubica. A equipe ficou bem impressionada com o desempenho nos testes em Jerez. Heidfeld andará em Barcelona no próximo sábado e na segunda-feira. Ele está na Fórmula 1 desde 200, com 172 largadas na categoria, já foi companheiro de Kubica na BMW Souber por mais de 50 provas.

- Gostaria de ter retornado à Fórmula 1 em circunstâncias diferentes, mas estou orgulhoso por ter recebido esta chance. Tudo aconteceu muito rapidamente, mas fiquei bem impressionado pelo que vi em termos de instalações e de dedicação das pessoas na fábrica em Enstone. Gostei muito dos testes em Jerez e me entrosei bem com as pessoas no circuito. Tenho uma boa sensação do carro, que é inovador. Estou muito motivado e mal posso esperar a temporada começar - diz Heidfeld.

O piloto alemão correrá ao lado de Vitaly Petrov. Ele terá a responsabilidade pelo desenvolvimento do R31 durante a temporada. A equipe ficou bem animada com o desempenho do alemão.

- A equipe passou por duas semanas complicadas e precisávamos reagir logo. Demos uma chance a Nick Heidfeld em Jerez e ele nos impressionou. É rápido, experiente e muito forte tecnicamente. Sempre dissemos que a prioridade era ter um piloto experiente e sentimos que Nick era perfeito para isso - diz Eric Boullier, chefe da Renault-Lotus.

Bruno Senna encarou com naturalidade a escola da equipe.

- A equipe buscava alguém experiente para substituir o principal piloto da equipe. Dentre as opções, Heidfeld era a escolha lógica por causa de sua história de mais de 10 anos na Fórmula 1 e pelo papel que desempenhou no desenvolvimento dos atuais pneus Pirelli.

Bruno continua sendo o terceiro piloto da equipe.

Sem negociação

A Williams já declarou que venderá 27% de suas ações na Bolsa de Valores. O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo nem cogita a hipótese de financiar a escuderia italiana no mercado de capitais. Montezemolo afirmou que a equipe não vai colocar suas ações à venda na Bolsa e talvez nunca precisará desse artifício.

- Talvez em três anos, quatro ou cinco. Não há nenhum projeto agora. Talvez nunca venha a existir - disse Montezemolo.

O time inglês surpreendeu em entrar na Bolsa de Valores por ter uma atitude nunca vista na história da Fórmula 1. No entanto, o chefão Frank Williams garantiu que a equipe não passa por problemas financeiros atualmente e a medida é para assegurar uma estrutura sustentável para o futuro. Esperto a Williams, isso sim.

Lenha na fogueira

A polêmica entre RBR e Ferrari em torno de Sebastian Vettel ganhou outro capítulo. Em uma entrevista, o piloto alemão voltou a comentar que seria um sonho correr pela Scuderia e Maranello.

- Escrever meu nome entre os campeões do mundo é algo especial, mas seria também especial escrevê-lo na lista de pilotos de Ferrari. É meu sonho correr um dia para Maranello (sede de Ferrari no norte da Itália).

Vettel até brincou dizendo que ofereceria férias à dupla da Ferrari.

- Ofereceria férias a Alonso e Massa, faria um esforço para reservar um bom hotel para eles, embora não tenha certeza se me dariam a mão ou não – brincou.

No entanto, o piloto descarta qualquer possibilidade de mudança de equipe por enquanto.

- Estou feliz na RBR, sem eles não teria chegado nunca à Fórmula 1.

Quem se lembra, sabe da polêmica que essas declarações causaram nas duas equipes. Mas sendo bem realista, qual piloto nunca sonhou em dirigir uma Ferrari? Na verdade, qual amante de carros nunca quis pilotar uma das belezas italianas. Vettel só teve petulância de dizer isso publicamente, a polêmica é algo inútil, pois como disse Helmut Marko "Vettel seria estúpido" se trocasse a equipe atual para ir lá ser companheiro de Alonso. Essa declaração que feriu o orgulho de Montezemolo, que criticou a declaração da atual campeã, mostrando o seu ótimo espírito esportivo.

Vamos ver como será a disputa das duas equipes pelo título nesta temporada!

Ultrapassagens perigosas

Fernando Alonso acredita que as ultrapassagens nesta temporada serão tão difíceis como nos outros anos, apesar da introdução da asa traseira móvel, que só poderá ser acionada em um determinado trecho da pista para dar mais velocidade e auxiliar na manobra. O espanhol afirmou que a asa só será favorável se o carro da frente estiver muito mais lento.

- Se o carro da frente estiver um décimo mais lento que você, então a asa móvel não será o suficiente. Ela será eficiente para ultrapassar um carro que está um ou dois segundos mais lento. Talvez o objetivo da regra seja para favorecer a ultrapassagem quando a corrida é arruinada pela impossibilidade de passar um carro muito mais lento, o que aconteceu comigo com Vitaly Petrov em Abu Dhabi - disse Alonso

As equipes já testaram a novidade nos testes de pré-temporada de Valência e Jerez, e tiveram a chance de se adaptar à medida de uso do dispositivo-ele só pode ser ativado em uma área de 600 metros no final da pista, para que a Fórmula 1 não se torce fácil demais.

Na última semana, o diretor técnico da Williams, Sam Michael, criticou a medida, afirmando também que o espaço de 600 metros delimitado é considerado curto demais e não será muito eficaz.

-Tem que ser muito mais do que isso. Para ser eficaz, você tem que ter para a reta inteira- disse Sam Michael.

Novas contradições

Após o teste Bruno Senna, Eric Boullier se contradisse mais uma vez. Na semana passada, o dirigente elencou o brasileiro, do alemão Nick Heidfeld e do italiano Vitantonio Liuzzi como possíveis substitutos de Kubica Agora, o francês disse que o time nunca pensou em Bruno para a vaga.

- O dia de testes de Senna não era para avaliá-lo, mas para lhe dar alguma quilometragem para que ele se prepare para o cargo de terceiro piloto da equipe - disse Boullier.

O brasileiro testou um dia após Heidfeld e ficou 1s1 atrás do alemão. Entretanto, o carro do brasileiro teve problemas na parte da tarde e ficou parado por mais de três horas, o que impediu uma tentativa com pouco combustível. O fato não abalou o brasileiro, que viu na atuação de domingo uma chance de abrir novas portas na equipe no futuro.

 O trabalho que fiz deve me dar novas chances na equipe no futuro. Estou contente por ter passado novas informações sobre o carro e ajudado no desenvolvimento do acerto. A equipe gostou muito do resultado final. Levando em conta minha quilometragem na Fórmula 1, e eles fizeram questão de ressaltar esse ponto, foi um ótimo resultado - afirmou Bruno.

Sem favorecimento

Felipe Massa, da Ferrari, espera que a equipe só decisa a preferência por um de seus pilotos na parte final da temporada. O brasileiro disse que estabelecer uma hierarquia estre ele e Fernando Alonso, seu companheiro, faria com que o time renunciasse a uma de suas duas chances de ser campeão neste ano.

- Espero que a equipe decida perto do fim da temporada. Caso contrário, ela poderá renunciar a uma de suas duas chances de lutar pelo título. Eu sei que posso vencer corridas e também o campeonato - diz Massa.

Todos se lembram do incidente no GP da Alemanha. Mas para quem não sabe, vamos aos fatos. Em 2010 durante o GP da Alemanha, em Hockenheim, Massa liderava o dia, mas recebeu uma ordem pelo rádio para deixar Alonso passar. Na ocasião, os dois tinham posições semelhantes no Mundial. Massa assumiu a responsabilidade pelos erros cometidos em 2010, mas acredita que pode reagir e vencer corridas nesta temporada.

- Não tenho problemas em assumir minha responsabilidade após um ano difícil. Estou me preparando para fazer um bom campeonato, como já fiz antes - afirma.

O brasileiro disse estar feliz por ter conseguido o melhor tempo da Ferrari nos testes em Jerez. No entanto, ele sabe que os resultados de pré-temporada não valem muito.

- Estamos trabalhando no sentido contrário ao de 2010. Em comparação com a Bridgestone, os pneus Pirelli estão trabalhando melhor para mim. Estão como eu gosto.

Estou torcendo muito para o Massa, ele é um dos meus favoritos. Vamos torcer para que consiga um melhor desempenho nas corridas e tenha uma oportunidade melhor na equipe.

Pirelli providência novos pneus

Após o resultado das primeiras sessões de testes coletivos, a Pirelli já decidiu quais os pneus que levará para os primeiros quatro GPs da temporada. Durante os testes os compostos da marca italiana tiveram um desgaste acentuado que causou reclamações de alguns pilotos.

Nos primeiros testes, nenhum piloto conseguiu completar mais de 15 voltas seguidas. Os pneus médios, que ficam entre os macios e os duros, perdem em segundo após uma volta, mas permanece consistente nas próximas dez. Em seguida, no entanto, só pioram. Sebastian Vettel confirma a pequena vida útil dos pneus.

- Após dez voltas,  você precisa trocá-los. Se você insistir, perderá muito tempo - diz Vettel.

Além disso, os acidentes com Pastor Maldonado e Sergio Pérez podem entrar na conta dos novos pneus. Eles podem ter sido surpreendidos pelo comportamento da borracha.

- Um novo jogo de pneus não traz a mesma sensação que antes. Nas curvas rápidas, a traseira do carro perde aderência rapidamente sem você notar em caso de exagero. Isto pode causar problemas para os pilotos menos experientes - diz Rubens Barrichello, piloto da Williams.

Mais surpresas à vista

O quarto dia de testes em Jerez foi bem proveitoso para Rubens Barrichello, da Williams. A equipe inglesa enfrentou alguns dias com problemas no FW33, principalmente na refrigeração do Kers, mas se recuperou. Com 1m19s832, o brasileiro ficou 0s769 à frente de Kamui Kobayashu, da Souber, o segundo colocado. Ninguém segura esse japa!

Bruno Senna era uma das atrações do dia, estreando com o R31 da Renault-Lotus. O brasileiro deu 68 voltas e marcou o tempo de 1m21s400 na melhor delas, terminou o dia em quinto. Ele foi cerca de um segundo mais lento de Heidfeld. No entanto Bruno foi mais rápido que o russo Vitaly Petrov.

O espanhol Fernando Alonso ficou em terceiro com a Ferrari, mais de um segundo atrás de Barrichello. O suíço Sebastian Buemi, da STR, foi o quarto, um posto à frente de Bruno. Heikki Kovalain, do Team Lotus, andou bem à frente e completou a lista dos seis primeiros colocados.

Já Sebastian Vettel da RBR e atual campeão da F-1, concentrou as atenções em trechos mais longos na pista e ficou apenas com o oitavo tempo do dia. O inglês Jenson Button foi o nono com a nova McLaren.

A sessão foi interrompida cinco vezes neste domingo. Pois é, além da escapada de Kobayashi e de uma rodada do Paul di Resta, Jerome D'Ambrosia, da Marussia Virgen, Nico Rosberg, da Mercedes, e Barrichello tiveram problemas mecânicos e ficaram parados na pista.

Confira os tempos:

1 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m19s832 (103 voltas)

2 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m20s601 (86)

3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m21s074 (115)

4 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m21s213 (90)

5 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - 1m21s400 (68)

6 - Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault) - 1m21s632 (43)

7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m22s103 (45)

8 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m22s222 (90)

9 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m22s278 (70)

10 - Jerome D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m22s985 (45)

11 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m23s111 (99)

Mensagens de apoio

Sebastian Vettel declarou a imprensa seu pensamento positivo para Kubica.

-Primeiro, acho que o mais importante é que ele não perdeu a mão. Tudo está lá e ele está tendo uma ótima recuperação. Agora ele precisa voltar a ter sua força e sua saúde normal, o que deverá demorar um pouco.  Ele é muito novo e é importante que tudo funcione bem para sua vida. Esperamos que ele esteja forte o suficiente para pilotar um carro de Fórmula 1 de novo e andar de rali novamente, porque ele ama os ralis, é um grande fã. Não era sua primeira prova e ele teve azar em bater naquele guard rail. Mas no fim, acho que teve sorte - diz Vettel à imprensa inglesa.

Nas pistas dos testes em Jerez, Fernando Alonso homenageou o amigo, usando um adesivo com o capacete do piloto no topo do seu. Ele disse muito aliviado com a boa evolução do estado de saúde do polonês e espera ve-lo em breve nas pistas novamente.

Forças Kubica!!

Perto da vaga

O dia começou com Fernando Alonso assumindo o lugar de Felipe Massa e passando Michael Schumacher, segundo colocado, ficando assim com o melhor tempo de 1m20s493. Apresença do espanhol nos testes foi sentida da arquibancada. Os fãs do piloto e da Ferrari lotaram as dependências, dando ao dia um clima de fum de semana de corrida da Fórmula 1. O japonês Kamui Kobayashi assumiu o carro da Souber e ficou em terceiro, pouco à frente de Sebastian Vettel, da RBR, que ficou com a quarta colocação.

Já pela tarde, Nick Heidfeld aproveitou a chance que a Renault-Lotus deu e ficou como o mais rápido, com o tempo de 1m20s361, apenas 132 milésimos à frente do espanhol, que terminou como segundo colocado. O brasileiro Bruno Senna assumirá o volante do R31 neste domingo e será avaliado, lembrando que Bruno ainda é o primeiro reserva do time, pessoalmente acredito que ele não substituirá Kubica, mas veremos não é. Com o excelente tempo de Heidfeld, o heptacampeão Schumacher ficou em terceiro. O inglês Lewis Hamilton, da McLaren, ficou com o quarto tempo, seguido pelo japonês Kobayashi. Vettel completou a lista dos seis primeiros do dia, deixando a desejar o seu potencial.

O único brasileiro na pista foi Rubens Barrichello, da Williams. Ele perdeu um bom tempo das atividades graças a problemas na refrigeração do Kers. Ele conseguiu se recuperar e deu 99 voltas, mas ainda assim ficou quase dois segundos do tempo marcado por Heidfeld.

Confira os tempos:

1 - Nick Heidlfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m20s361 (86 voltas)

2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m20s493 (131)

3 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m21s054 (114)

4 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m21s099 (36)

5 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m21s242 (84)

6 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m21s574 (98)

7 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m21s681 (92)

8 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m21s711 (61)

9 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m22s227 (99)

10 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m22s945 (64)

11 - Jerome D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m25s471 (72)

Cirurgia bem-sucedida

O médico Francesco Lanza, responsável por Kubica, disse que a operação no braço e perna direitos foi um sucesso. Entretanto, o piloto terá de passar por mais uma operação, para corrigir a fratura do cotovelo direito.

- Com a complexidade da operação, posso dizer que correu tudo bem. Foi possível reduzir as fraturas do ombro e do úmero, fraturado novamente após sete anos. Uma placa nova, mais longa, foi colocada na região para cobrir as duas fraturas. A parte do cotovelo ainda precisa ser feita, e é muito complexa. Para isso, ele precisa ser melhor posicionado, virado, mas as condições não permitiam isso. Temos de ir com calma. Ele ficará um tempo na UTI agora, o que é normal, e depois voltará a um quarto normal - diz Lanza.

Contraditório

Eric Boullier chefe da Renault-Lotus, parece que está um pouco confuso. Basta perguntar sobre o novo piloto do time que ele começa a se contradizer. O dirigente seu esperanças a Bruno Senna, Nick Heidfeld e Vitantino Liuzzi. voltou atrás; mudou de ideia novamente; e, finalmente, admitiu que o veterano alemão é o favorito a vaga.

- Heidfeld está aqui para ser avaliado. Uma vez que tenhamos terminado nossa avaliação e se estivermos felizes com ele, iremos mantê-lo. Se não estivermos felizes, testaremos outros pilotos em Barcelona. Precisamos tomar uma decisão neste teste - diz Boullier.

Heidfeld com 33 anos de idade, entrou na F-1 em 2000. Ele já disputou 175 GPs na categoria, e foi campanheiro de Kubica na BMW por mais de 50 provas. O alemão andará no R31 neste sábado, enquanto Bruno Senna será o responsável pelo testo no domingo.

- Precisamos de alguém experiente para liderar a equipe e, com os novos pneus, o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers) e a asa traseira ajustável. Muitas coisas estão acontecendo no carro. Então, para isso, você também precisa de experiência - finaliza.

É, Bruno terá que demonstrar muita capacidade para mudar a opinião de Boullier, boa sorte.

A volta do alemão

Ontem foi Massa, mas hoje foi a vez de Schumacher ficar. Com o novo carro da Mercedes, o heptacampeão andou muito bem e fechou o segundo dia de testes na primeira posição. O alemão marcou o tempo de 1,20s352, apenas 61 milésimos à frente do brasileiro Felipe Massa, que ficou com a segunda colocação. Ambos sofreram com o aquecimento dos pneus no ano passado, mas vêm se mostrando à vontade com os novos Pirelli.

O inglês Janson Button andou pela primeira vez com a nova MacLaren MP4/26 e fechou o dia na terceira posição. O espanhol Jaime Alguersuari, da STR, surpreendeu com o novo carro da equipe e marcou o quarto tempo, logo à frente do australiano Mark Webber da RBR, que completou a lista dos cinco primeiros colocados.

Já para alguns o dia não foi muito proveitoso. O mexicano Sergio Pérez, da Souber, acertou o muro da curva 8 e teve a parte dianteira de seu carro danificada. O venezuelano Pastor Maldonado, da Williams, passou reto na curva 4 e bateu com força na barreira de pneus, destruindo a traseira do carro. A bandeira vermelha foi vista várias vezes. Alguersuari escapou na curva 9 no início do treino e o russo Vitaly Petrov, da Renault-Lotus, ficou na caixa de brita da curva dois.

Confira os tempos:

1 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m20s352 (112 voltas)

2 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s413 (116)

3 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m21s009 (69)

4 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m21s214 (72)

5 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m21s613 (113)

6 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m21s780 (73)

7 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m21s857 (56)

8 - Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m22s208 (57)

9 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m22s493 (65)

10 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m22s591 (37)

11 - Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault) - 1m23s216 (40)

Kubica dá entrevista após acidente

Alguns dias após sofrer o grave acidente e sair da UTI, Robert Kubica deu sua primeira entrevista. O polonês acredita que retornará à Fórmula 1 ainda melhor, assim que se recuperar das lesões.

- Quero voltar às pistas mais forte que nunca. Após estes acidentes, você não é mais o que era antes, você melhora. Aconteceu comigo em 2007, após a batida no Canadá. Fiquei fora de uma corrida mas estava melhor quando voltei. Pilotar não é só acelerar e virar o volante. Existe uma diferença entre alguém que pilota a 80% e outro que faz a 95%. Nestes 15% extras, você achará a habilidade e a motivação - diz Kubica

Para ilustrar seu otimismo, Kubica se lembrou de dois outros acidentes que sofreu. Segundo o piloto, ele voltou melhor em ambas as ocasiões e acha que não será diferente agora.

- Desde 2007, estou mais forte mentalmente como piloto. E será assim novamente, quando eu recuperar minha boa forma física. Quero retornar neste ano. Lembro bem de meu estado, sete anos atrás, quando estava em um carro com um amigo dirigindo e fomos atingidos por outro, que tinha um bêbado ao volante. Acertamos um guard rail antes de cair em um precipício. Meu braço direito, o mesmo deste acidente, ficou massacrado. E, após quatro dias, ele não estava tão bom quanto agora e isso me anima. O Doutor (Riccardo) Ceccarelli (médico da Renault) fez o resto e está cuidando de mim. Vou me preparar e diminuir o tempo da recuperação.

O polonês disse que não se lembra do acidente. Ele teve problemas na perna, no braço e na mão direita, que correu risco de ser amputada.

- Meus dedos e o braço estão funcionando, posso senti-los. Mas vou passar por uma cirurgia, só saberei depois dela. Sinto pelo que aconteceu, não deveria ter sido assim. Nem sei como foi, não lembro de nada da batida. Acordei no hospital e tudo foi explicado por Daniele Morelli, meu empresário, que está aqui desde domingo - conta Kubica.

Torcemos muito para que ele se recupere cada vez mais rápido!

Quinta-feira muito boa

Nesta quinta começaram os testes em Jerez. Felipe Massa foi o mais rápido no primeiro dia da segunda sessão de testes coletivos. Finalmente, vemos o brasileiro que estava tão apagado retomar a luz. Fez 1m20s709, marcado ainda na primeira hora de pista aberta. O brasileiro deu 101 voltas nesta quinta, ficou 0s774 à frente do mexicano Sergio Pérez, da Souber, o segundo colocado. O australiano Mark Webber, da RBR, ficou em terceiro, seguido pelo Daniel Ricciardo, reserva da STR. Lewis Hamilton, com a nova McLaren, fechou a lista dos cinco primeiros.

Podemos presenciar também a Ferrari mudar o nome de seu carro. Acontece que em 1975 a picape F-150 foi um dos maiores sucessos da montadora americana Ford, que entrou na Justiça americana contra a equipe italiana. Assim, o time mudou de F150 para F150th Itália.

Mas a quinta foi marcada mesmo pela homenagem que as equipes fez a Robert Kubica, com uma mensagem no carro (Melhore logo, Robert) em polonês.

As equipes priorizaram a realização de testes aerodinâmicos e da avaliação dos novos pneus Pirelli. McLaren MP4-26, Force India VJM-04 e Marussia Virgem MVR Virgem-02 colocaram seus novos carros pela primeira vez na pista.

Confira os tempos:

1 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s709 (101 voltas)

2 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m21s483 (94)

3 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m21s522 (94)

4 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - 1m21s755 (31)

5 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m21s914 (58)

6 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m22s689 (42)

7 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m23s472 (28)

8 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m23s504 (57)

9 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m23s963 (67)

10 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - 1m24s792 (54)

11 - Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m25s086 (42)

12 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m34s968 (13)

Kubica passará por uma nova cirurgia

O quadro clínico de Robert Kubica é bom, o que permitirá a realização de mais duas cirurgias: no úmero (osso do braço) e no pé direito.

Kubica já consegue movimentar os dedos da mão direita. Além disse, o piloto estaria acordado, respirando e se alimentando sozinho. Ainda assim, os médicos afirmam que Kubica levará cerca de um ano para se recuperar do acidente. Força Kubica!

Bruno Senna x Nick Heidfeld

Bruno senna e Nick Heidfeld vão se revezar para guiar o R31 nos testes em Jerez no final de semana. Vitaly Petrov está confirmado nos dois primeiros dias. Bruno ainda não andou com o carro, ele será avaliado para saber se poderia assumir a vaga do polonês ao menos no início da temporada 2011.

Entretanto, a equipe negocia com pilotos mais experientes do que Bruno. O nome mais forte dentro da equipe neste momento é o de Heidfeld, fez um bom fim de temporada pela Souber em 2010. Claro, como dito, o nome de Kimi Raikkonen continua a ser ventilado pela imprensa.

Bruno Senna não terá moleza, enfrentará pilotos com larga experiência, mas se ele realmente quer uma oportunidade em um carro descente para mostrar seu potencial, essa é a chance.

A volta de Raikkonen?

O feche da Renault-Lotus apresentou três nomes para substituírem Kubica, mas muitos acreditam que existe um quarto elemento: Kimi Raikkonen. Segundo Olivier Quesnel, diretor da Citroên no Mundial de Rali (WRC), o piloto está livre para tomar sua própria decisão.

- Se ele quiser se mudar para a Fórmula 1, não poderia dizer nada, porque agora ele é um cliente. Ele tem sua equipe e pilota para seus próprios patrocinadores. Acredito que exista uma pressão considerável sobre ele, vinda de Bernie Ecclestone, da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e de toda a categoria porque ele ainda é um piloto emblemático para o esporte - diz Quesnel.

Kimi foi campeão em 2007, mas mudou de categoria ano passado e montou uma equipe para a temporada 2011, a Ice 1 Rading.

Acredito que mesmo com todo o seu talento e a sua capacidade, Raikkonen não retornará. Veja bem, o filândes está a mais de um ano distante da categoria, os carros mudaram muito, fora que ele já está acostumado com o outro carro. A readaptação é bem complicada, somente o talento não basta, é necessário tempo, que a Renault não tem.