Complicações desnecessárias

A FIA revelou um pouco como planeja colocar em prática a sua mais nova invenção: a asa traseira móvel.

As equipes estão trabalhando com a novidade pela primeira vez nos testes coletivos, mas ainda existem incertezas sobre a funcionalidade do conceito durante as corridas. Até então sabíamos que a utilização deste mecanismo seria liberado nos treinos livres e classificações, sendo que durante a corrida só poderia ser utilizado pelo piloto que estiver atrás e quando estiver a menos de um segundo do carro da frente. Mas, não satisfeita, a FIA resolveu criar "zonas de ultrapassagens", lugares específicos para que os pilotos possam ultrapassar usando a asa móvel. A regra é: a asa só poderá ser acionada nos últimos 600 metros da reta designada pela FIA em cada pista. Para que não haja confusões, serão pintadas linhas no asfalto para que todos saibam quando e onde a asa poderá ser acionada.

1º- Na curva que antecede à reta liberada, serão pintadas duas linhas marcando a distância mínima entre os carros;

2º- A reta liberada terá outra linha que mostrará o início da zona de ultrapassagem de 600m. Somente nesse quadrante é que a ultrapassagem poderá acontecer.

Só que imaginem o piloto correndo a mis de 300 km/h, com trezentos e trinta e dois botões no volante, a tensão da corrida, ter que ficar olhando para a pista procurando as linhas pintadas! Os primeiros dados das equipes dão conta de uma diferença de velocidade de 10 a 12 km/h, dependendo do projeto do carro. Coitado do piloto!

Claro que as ultrapassagens continuam liberadas em toda a pista, sem o uso da asa móvel.

De qualquer modo, a FIA determinou que esse procedimento será adotado nas quatro primeiras corridas, se for necessário, poderá ser revisto.